Saúde


Comendo Grama

  
É bastante comum cães comerem grama, e há diversas explicações para este tipo de comportamento. Primeiramente, canídeos selvagens (lobos e raposas, por exemplo) comem qualquer tipo de animal que consigam pegar. Uma vez que comem muitos herbívoros (animais que comem plantas), eles acabam comendo muita grama e plantas que ficam nos intestinos destes animais. Além disso, sabe-se que eles comem algumas frutas silvestres e vegetais. Por conta disso, cães comem grama porque, na verdade, faz parte de sua dieta natural.


Muitas vezes, cães vomitam logo após comer grama. Eles comem para conseguir vomitar? Ou eles vomitam por terem comido a grama? É um mistério, mas aparentemente cães costumam comer grama quando há algo errado com seu estômago.


A terceira razão é: Eles gostam. Alguns cães parecem preferir certos tipos de grama ou vegetais pelos quais eles vão procurar e então comer. Nós conhecemos um beagle que consegue pegar framboesas mais rápido que seu dono.
 
Em todo caso, comer grama é um comportamento normal dos cães, e não deve ser motivo de preocupação a menos que eles o façam em excesso.

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Como acabar com o mau hálito



      
O mau hálito de um cão muitas vezes indica para o dono do cão que existe um problema ou doença. O mau hálito persistente pode indicar que seu cão tem problemas digestivos ou um problema na gengiva, como gengivite, e deve ser examinado por um veterinário. Seu veterinário pode sugerir uma limpeza profissional para remover placas e tártaro dos dentes e examinar as áreas onde os dentes encontram as gengivas. Recomendações de cuidados domésticos podem incluir escovação diária dos dentes e soluções orais para manter a boca limpa após uma limpeza dental completa.
 
 
O que causa o mau hálito nos cães?
 
      Se seu cachorro tem mau hálito, também chamado de halitose, é possível que haja causas ocultas, algumas das quais podem ser bem sérias. Além do mau hálito, sinais indicando uma questão de saúde mais complexa dor oral, sangramento, dificuldade para engolir ou comer e depressão, de acordo com a Dra. Debra Primovic. Não tente tratar o mau hálito ou outros sintomas antes de falar com seu veterinário, que vai querer avaliar seu cachorro e pode precisar de exames para descobrir o que está errado e discutir opções de tratamento com você.
 
 
Produtos de higiene oral com clorexidina
 
      Se seu cachorro tem gengivite e doença periodontal, causadas por bactérias na boca, o seu veterinário pode mandá-lo para casa com creme, gel ou spray para higiene oral, ou aditivo de água que contém clorexidina, que limpa a boca do seu cão, ajuda a proteger dentes e gengivas, previne placas e combate bactérias. Se você combinar escovação com enxágue, terá melhores resultados a longo prazo.
 
 
Aditivos de água sem clorexidina  

      Aditivos de água são líquidos que você adiciona a água do cachorro para ajudar a prevenir a formação de placas e para refrescar o hálito. Normalmente esses aditivos não possuem cheiro ou gosto, sendo fáceis de administrar para cães sensíveis que resistem a procedimentos mais efetivos, como escovar os dentes e usar enxaguantes bucais ou sprays. Se quiser evitar produtos químicos, como a clorexidina, cloros, xilitol ou álcool, você pode comprar aditivos de água sem esses ingredientes.
 
 
Soluções Naturais
 
      Você pode encontrar líquidos de controle de placa e tártaro feitos de ingredientes naturais e saudáveis, como vitamina B, suco de beterraba incolor, zinco e glicerina vegetal. Essas soluções sem cheiro e sem gosto são livres de conservantes e de álcool; você os mistura na água da tigela do seu cão para complementar a rotina de escovação. Aditivos naturais caseiros que podem refrescar o hálito incluem chá de salsa ou bochechos e chás de ervas feitos com erva-doce, gengibre, hortelã-pimenta e hortelã. Espremer limão ou misturar uma gota de óleo e menta ou hortelã na água do seu cão irá limpar sua boca e refrescar seu hálito.
 
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O que fazer com o coelhinho depois da Páscoa


Se você não resistiu ao apelo da Páscoa e acabou comprando não só um delicioso ovo de chocolate mas também um lindo coelhinho “de verdade” , aqui vão algumas informações importantes sobre esses bichinhos cativantes. Eles são animais muito inteligentes, se afeiçoam a quem cuida deles e lhes dá carinho, podem atender pelo nome e vivem 5-6 anos.


Coelhos têm fama de serem bons reprodutores e isso é verdade, principalmente porque o período de gestação é por volta de um mês e podem nascer até 12 coelhinhos... e as coelhinhas que nascem, em 4 meses podem estar tendo mais 12 coelhinhos!


Eles não comem só cenoura, não! Sua alimentação deve ser composta por ração própria para coelhos, frutas, legumes e folhas verde-escuras como couve, espinafre (alface que é verde-clara causa muitos gases e diarréia). A ração e a água devem ficar à disposição para que eles se sirvam a vontade, já os outros itens podem ser oferecidos de duas a tres vezes por semana.


Algumas pessoas deixam seus coelhos soltos pela casa ou quintal, nesse caso é importante impedir o acesso do animal a perigos como janelas e sacadas, pois eles são muito curiosos. Um outro item que deve ter atenção é a fiação elétrica, porque os dentes dos coelhos crescem continuamente e eles precisam desgastá-los roendo coisas e nessa lá se vão os fios, sapatos, tapetes e até móveis da casa. Este problema pode ser facilmente resolvido, pois existem rolinhos e cubinho de madeira próprios para que eles desgastem seus dentinhos. Se o animal não tiver oportunidade para desgastá-los, ou se os dentes forem tortos, o crescimento contínuo de um ou mais dentes pode machucar muito, causar infecções e o animalzinho para de comer.


Se o seu coelho for morar no quintal, é muito importante que ele tenha um abrigo para se proteger do frio ou do sol, pois eles são animais muito sensíveis a mudanças bruscas de temperatura. É importante que exista uma bandeja para coletar as fezes e urina caso o bichinho não utilize uma caixinha de areia quando preso em gaiola, pois o contato das patinhas com as fezes e urina pode causar infecções nas patinhas. Não se assuste se vir o seu amiguinho comendo seu próprio cocô, é normal, ele faz isso para repovoar o intestino com as bactérias que os ajudam a digerir seus alimentos.


Nunca o segure pelas orelhas. Dói, machuca e pode haver ruptura na base da cartilagem que sustenta aquele orelhão. Se necessário, ele deve ser pego pela prega da nuca, do mesmo jeito que gatas e cadelas carregam seus filhotes. As patas traseiras são fortes e eles podem dar  coices que nos machucam bastante, então é preciso muito cuidado ao manuseá-los.


Os problemas de pele são muito comuns, ocorrendo em filhotinhos porque ainda estão desenvolvendo a imunidade contra as várias doenças, em animais mais velhos porque já estão mais fraquinhos e naqueles animais que ficam fora de casa ou têm contato com outras espécies como cães e gatos. Os fungos e as sarnas são os mais comuns.


As doenças respiratórias são muito importantes nessa espécie porque geralmente atacam de forma rápida, ou seja, o que poderia ser um resfriado simples passa a uma pneumonia grave em questão de horas, neste caso, nariz escorrendo não é um mero sinal de alerta, é sinal de que você tem que levar o bichinho a um veterinário com urgência.


Aliás, qualquer mudança ou alteração no comportamento do coelho – se parou de comer, as fezes estão diferentes, amolecidas; coceiras e lesões na pele, além de queda de pelo – são motivos para procurar o veterinário rápido.


Por fim, um apelo: se a compra do animal aconteceu pela emoção da data, pela fofura do bichinho e um tempo depois você se arrepender ou perceber que não terá condições de cuidar do pequeno (porque ele está adulto e não é mais tão pequeno), procure alguém que o queira e que vá cuidar bem dele, não o abandone. Eles não vão saber, nem vão aprender a “se virar” sozinhos em uma mata e muito provavelmente morrerão de fome ou predado por algum outro animal.


Carla Armenio Pretto

Veterinária da Agroverde

     CRMV-SP 13347



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Tosse dos Canis – é hora de vacinar




Com a aproximação do inverno, é hora de pensarmos na prevenção de uma doença muito comum e que debilita bastante os animais.


A Traqueobronquite Infecciosa Canina, conhecida por Tosse dos Canis, é uma doença contagiosa, causada principalmente pela bactéria Bordetella bronchiseptica e pelos vírus da Parainfluenza canina e Adenovírus tipo 2, caracterizada por provocar, nos cães, infecção respiratória de início súbito, secreção naso-ocular e ataque agudo de tosse, como se o animal estivesse engasgado. Contudo, os sinais clínicos são dependentes dos agentes causadores da doença. Para cães infectados com apenas 1 agente ou vacinados, a doença é, geralmente, mais branda e auto-limitante, mas é alta a incidência de infecções causadas por múltiplos agentes, com complicações que colocam em risco a vida do animal.


Essa doença ocorre mais frequentemente nos meses mais frios. Filhotes recém-desmamados, animais expostos a friagem ou a produtos químicos, alérgicos a ácaros, anêmicos, mal alimentados, estressados, entre outros, são mais predispostos a desenvolverem a doença.


A Tosse dos Canis é assim conhecida porque ela é uma tosse, altamente contagiosa, que costuma se manifestar em todos os animais de abrigos, canis, hotéis, lojas, ou seja, em ambientes com grande concentração de animais.


O período de incubação da doença é de aproximadamente 7 dias, quando os primeiros sinais clínicos serão observados. O sintoma mais comum é a tosse curta, repetida, de tom seco, frequentemente acompanhada de engasgo ou movimentos de esforço de vômito. Essa é a forma mais branda da doença, o animal come normalmente, permanece ativo e não tem febre, geralmente dura de 7 a 12 dias.


A forma mais grave resulta em broncopneumonia, a tosse torna-se produtiva (com catarro), o animal apresenta diminuição do apetite, depressão, febre, secreção naso-ocular, dificuldade respiratória. Muitas vezes é confundida com a cinomose, e pode ser, igualmente, fatal.


O tratamento vai depender da gravidade dos sintomas, só o médico veterinário poderá avaliar. Após a resolução do problema, o animal ainda poderá permanecer transmitindo a doença por até 3 meses, dependendo do agente causador, mesmo sem apresentar sintomas.


A melhor maneira de prevenir a doença é através da vacinação, que pode ser feita a partir dos 60 dias, sendo necessárias duas doses, com intervalo de 21 dias entre as aplicações e reforço de uma dose anualmente.

          Se ainda restarem dúvidas, procure uma das veterinárias na loja.


Carla Armenio Pretto

Veterinária da Agroverde

               CRMV-SP 13347

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Obesidade, um mal que aflige humanos e animais




A obesidade é um distúrbio patológico que se caracteriza por um acúmulo de gordura, que na maioria das vezes está relacionado a uma ingestão de calorias superior ao gasto energético. Em humanos, a obesidade hoje, é um grave problema de Saúde Pública. Estima-se que o número de obesos no mundo ultrapasse os 500 milhões, sendo que destes cerca de 17 milhões sejam brasileiros. Entre fatores genéticos e doenças metabólicas, grande vilão apontado para esta “epidemia” é o sedentarismo, somado a um estilo de vida que privilegia alimentos com altos níveis calóricos.


Ao estreitarmos os laços com os animais de companhia acabamos impondo a eles nosso estilo de vida,o que resulta em animais igualmente sedentários, contribuindo assim para o aumento nas taxas de obesidade. Estudos indicam que as taxas de obesidade em cães estejam entre 25 a 45%, e em gatos estejam entre 6 a 12%.


Claro que não apenas o estilo de vida prepondera na ocorrência deste distúrbio que possui múltiplos fatores somados. A predisposição racial, a nutrição inadequada, distúrbios metabólicos não diagnosticados, entre outros, também contribuem para a obesidade.


É comum inclusive que proprietários de animais de companhia pensem que a obesidade está relacionada apenas com o peso que animal apresenta. Vale ressaltar que cada raça possui sua particularidade que vai determinar se o peso do animal está dentro ou não de padrões aceitáveis. Em animais sem raça definida fica ainda mais complexo determinar índices seguros para avaliação da condição corporal.


Determinar em qual o grau este distúrbio esta presente no animal é apenas o primeiro passo no longo caminho percorrido para a diminuição do peso do animal.


Reavaliar a alimentação do animal, estimular o animal a exercitar-se, buscar possíveis distúrbios endócrinos e muita paciência, são fatores determinantes para o sucesso de um programa de emagrecimento animal.


Para alcançar o objetivo, toda a família deve ser envolvida no processo de perda de peso do animal, tanto para o estímulo a exercícios, quanto para a manutenção da dieta adequada.


E claro acompanhamento veterinário sempre. Ele será o profissional capaz de indicar qual a alimentação e a forma de alimentar o animal será mais eficiente na perda de peso, e ainda garantir que o processo de emagrecimento seja realizado de forma saudável.


Caso você possua um animal de estimação que aparentemente apresente sobrepeso, procure as veterinárias da Agroverde Sorocaba e inteire-se sobre o Programa Amigo Saudável, Amigo Feliz. Caminharemos juntos rumo a uma vida mais saudável para nós, e nossos companheiros pet´s.


Julliana Melo Ferraz

Veterinária da Agroverde

CRMV-SP 26707



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Por que devo vacinar meu animal?




Antigamente pouco se falava sobre prevenção de doenças, o animal só era levado ao veterinário quando ficava doente e muitas vezes, devido à gravidade das doenças, pouco se podia fazer.


Hoje o cenário é outro, a maioria das pessoas já tem consciência de que a vacinação é o método mais eficaz para prevenir as doenças infecto-contagiosas mais comuns dos cães e gatos, que podem acarretar seqüelas graves e até a morte do animal.


A vacina, geralmente, contém o vírus vivo enfraquecido, que, quando injetado no animal, promove a estimulação do sistema imunológico para que ele produza os anticorpos, que são as células de defesa.


Quando o animal é filhote seu sistema imunológico ainda é imaturo e por isso ele necessita de várias doses de reforço das vacinas para produzir um nível adequado de anticorpos. Depois, basta uma dose anualmente para que o sistema imunológico responda adequadamente.


Um erro que muita gente comete é achar que animais idosos não necessitam mais de vacinação, uma vez que já foram vacinados durante muitos anos. Entretanto, eles necessitam sim da vacinação, porque o sistema imunológico deles já está “cansado” e as doses de reforço “lembram” como devem se proteger.


Para que o programa de vacinação seja efetivo, é necessário seguir as recomendações do veterinário, que irá avaliar as condições de saúde de seu animal, e caso encontre alguma alteração que possa interferir no sucesso da vacinação, irá indicar o melhor tratamento antes de iniciar o programa. A imunização só será considerada efetiva 10-15 dias após o esquema ter sido completado.


As vacinas disponíveis no mercado protegem contra as seguintes doenças:


CÃES

V8/V10: cinomose, parvovirose, leptospirose, coronavirose, hepatite infecciosa canina, adenovírus tipo I, parainfluenza

Giardiavax: giárdia

Bronchi-Shield/Pneumodog: tosse dos canis (Bordetella bronchiseptica)

Leishmune: leishmaniose


GATOS

Tríplice: rinotraqueíte, panleucopenia, calicivirose

Quádrupla: rinotraqueíte, panleucopenia, calicivirose, clamidiose

Quíntupla: rinotraqueíte, panleucopenia, calicivirose, clamidiose, leucemia


CÃES e GATOS

Anti-rábica

Se ainda restar alguma dúvida, procure uma das veterinárias na loja.


Carla Armenio Pretto

Veterinária da Agroverde

CRMV-SP 13347

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Cuidados com o presente do Papai Noel


 Está chegando o Natal. Nessa época, muitas crianças pedem pro “Papai Noel” um animalzinho de estimação e fica difícil dizer NÃO para aqueles olhinhos brilhantes.


Entretanto, para que o presente não se torne algo desagradável um tempo depois, do qual as pessoas querem se desfazer, fatores como espaço, temperamento do animal, custo de manutenção, expectativa de vida, entre outros, devem ser levados em conta  antes de se adquirir um animalzinho.

Para ajudar nessa escolha, listo abaixo alguns cuidados básicos que se deve ter com as espécies mais procuradas e algumas de suas características.


* CÃES: existem muitas raças e cada uma delas apresenta características específicas, por isso, antes de adquirir um cão, informe-se se as características da raça escolhida se adaptam à sua família, por exemplo, se o cão aceita criança; se é muito ativo; se fica bem sozinho por longos períodos... De um modo geral, os cães necessitam:

- alimentação duas vezes ao dia

                - água filtrada trocada duas vezes ao dia

                - vermífugo a cada 4 meses

                - vacina V8 e anti-rábica anualmente

                - banhos semanais

                - um lugar protegido de frio e chuva para dormir

                - brinquedos para se distrair

       - castração (quando não há interesse em crias)


* GATOS: são animais de hábitos noturnos, por isso dormem boa parte do dia e podem não ser o “companheiro” que se esperava.

                - alimentação disponível dia e noite

                - água filtrada trocada 2 vezes ao dia

                - vermífugo a cada 4 meses

                - vacina quádrupla e anti-rábica anualmente

                - escovação (nas raças peludas para diminuir o acúmulo de bolas de pelos)

                - uma caminha para dormir

                - brinquedos e arranhadores

                - caixa com areia sanitária


* PÁSSAROS

                - gaiola compatível com o tamanho e número de animais

                - comida a vontade trocada diariamente

                - água trocada 2 vezes ao dia

                - vermífugo a cada 4 meses

                - higienização do fundo da gaiola e potes de comida e água com produtos antigerme diariamente


* PEIXES

                - aquário compatível com o tamanho e número de animais

                - bomba e filtro

                - limpeza do aquário e troca de parte da água semanalmente

                - alimentação 2 vezes ao dia

                - uso de produtos condicionadores da água


* HAMSTERS: são animais de hábitos noturnos, por isso eles dormem a maior parte do dia.

                - gaiola compatível com o tamanho e número de animais

                - água e comida trocada 2 vezes ao dia

                - limpeza da gaiola e troca da serragem diariamente

                - casinha/ninho


Se restar alguma dúvida, teremos o maior prazer em esclarecer. Procure uma das veterinárias na loja.


Carla Armenio Pretto

Veterinária da Agroverde

CRMV-SP 13347

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Cuidados na Alimentação do seu Pet


          Os cuidados de saúde e a alimentação são as maiores dúvidas na lista dos mais variados temas quando o assunto são os pet’s. Tais dúvidas vão desde a escolha do alimento, o número de vezes que o animal deve ser alimentado e a quantidade a ser oferecida.


Infelizmente não existe uma fórmula pronta, do tipo “receita de bolo”. Isso porque cada alimento tem uma característica diferente.

Entre as opções existentes, a ração seca é a mais utilizada nos dias de hoje. E isso tem razão de ser. As rações de boa qualidade oferecem a quantidade adequada de nutrientes, podendo inclusive variar conforme a raça e porte do animal, além de ser um alimento prático e de fácil armazenamento.


Pense nas dificuldades que encontramos ao tentar construir uma dieta equilibrada na nossa própria alimentação. Imagine agora conseguir formular uma dieta adequada para outra espécie que possuem hábitos alimentares completamente diferentes dos nossos. Complicado não é mesmo?


Por isso, os alimentos secos que chamamos de ração são hoje, um dos itens mais procurados para alimentação dos pets, em qualquer espécie. É possível encontrarmos alimentos secos para cães, gatos, papagaios, macacos, iguanas, roedores (...).


Mas aí surge a segunda dúvida. Entre as mais variadas possibilidades que o mercado oferece, qual seria a melhor opção? Trocando em miúdos, qual marca de ração devo dar? Não há uma única resposta, assim como não há uma única opção. Como cada animal é um ser único, uma ração que pode ser ótima para um cão de uma determinada raça, e não ser tão boa para outro animal ainda que sejam de raças semelhantes.


Fique atento! As variações na qualidade dos produtos são muito grandes. A legislação brasileira indica somente quais são as quantidades mínimas de nutrientes que uma ração deve ter.

Apesar da ausência de uma norma, via de regra, as empresas classificam as rações em grandes grupos: Super Premium, Premium, Standard (Padrão) e Econômicas.


O que diferencia cada grupo é a quantidade de nutrientes oferecidas, a qualidade dos alimentos que irão compor a ração, presença ou não de corante, vitaminas e outros aditivos.


Dessa forma a escolha da melhor ração sempre que possível deve ser realizada com o auxílio do Médico Veterinário, que poderá indicar entre as mais variadas marcas, quais se adaptam melhor ao seu animal.


Julliana Melo Ferraz

Veterinária da Agroverde

CRMV-SP 26707


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Carrapatos, o que fazer?




Com a proximidade do verão é grande a procura por produtos para controlar carrapatos. Mas qual seria a causa de que um animal tão pequenino consiga tanta “popularidade”?


O carrapato é um parasito bastante familiar a quem cria animais. Este pequeno artrópode pode parasitar desde os animais de companhia, como o cão e o gato; animais de criação, como bois e cavalos; e para espanto de muitos, inúmeros animais silvestres como pássaros e até mesmo répteis.


Esse grande poder de adaptação aliado a uma carapaça bastante resistente conferiram a esse ilustre intruso uma capacidade de se manter viável no ambiente durante muito tempo. É possível, por exemplo, que as larvas possam sobreviver até 568 dias sem se alimentar. Nos períodos de chuva e alta umidade do ar, os carrapatos encontram as melhores condições para a reprodução e sobrevivência.


Unindo esses fatores, há um agravamento dos problemas relacionados ao carrapato e nem sempre a solução é fácil e menos ainda rápida.

       
       É importante abordarmos algumas questões específicas sobre esse nosso ilustre vilão. Por exemplo, de todas as espécies conhecidas, aquela que tem preferência por nossos cães é o carrapato vermelho. Algumas das diferentes espécies de carrapato parasitam especificamente um tipo de hospedeiro, ou seja, existem carrapatos que preferem apenas cobras, outros apenas bovinos. No entanto, o carrapato vermelho pode parasitar o cão, o boi, o coelho, enfim, dissemina-se com facilidade.


Cada fêmea possui capacidade de colocar até 5000 ovos. E em geral gostam de depositar seus ovos em frestas e rachaduras, nas paredes, no piso e na vegetação. Fica fácil então imaginar nossas residências e áreas livres como um verdadeiro oásis para os carrapatos.


Fazendo uma conta breve: cada fêmea coloca 5000 ovos. Considerando a possibilidade de que em 50% desses ovos nasçam carrapatos fêmeas, em um mês cada fêmea será capaz de colocar mais 5000 ovos. Em condições ideais de temperatura e umidade, as ninfas (carrapatos jovens) se transformam em adultos entre duas e três semanas; os adultos iniciam a cópula quatro dias após a sua fixação nos hospedeiros, ou seja, encontrando condições propícias, a multiplicação desses animais é extremamente rápida.


É importante ressaltar ainda que o carrapato tem diferentes características no mais diferentes estágio de desenvolvimento ao longo de sua vida. Esse fato leva as pessoas a pensarem que existem mais de uma espécie de carrapato no animal.


Como a postura dos ovos é realizada no ambiente e não no animal, e como as formas jovens permanecem, por bastante tempo, viáveis mesmo sem alimentação, é imprescindível o controle ambiental. Neste acaso a atenção ao controle do carrapato não deve ser concentrada no piso, pois como já ressaltamos, os ovos podem estar nos pequenos buraquinhos e rachaduras nas paredes. A vedação desses possíveis abrigos é um item que vai auxiliar no controle dos carrapatos.


Os medicamentos utilizados para o controle do ambiente são potentes e em geral exalam um odor forte, por isso pode-se fazer o uso de máscaras para realizar a aplicação, é conveniente retirar animais e crianças do local, e só deixar que voltem ao ambiente após o produto secar completamente.


O cuidado com o carrapato deve ser constante, tanto no ambiente quanto no animal. A utilização rotineira de medicamento tópico, nos animais, contra parasitos externos auxilia o controle no longo prazo.


Venha bater um papo conosco sobre os medicamentos para uso tópico e no ambiente que auxiliarão no controle de carrapatos.


Julliana Melo Ferraz

Veterinária da Agroverde

CRMV-SP 26707

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